Sabemos que as feridas na pele podem ser bastante incômodas, causando desconforto e dor e muitas vezes limitando nossas atividades do dia a dia.
Elas podem ser causadas por traumas, acidentes, cirurgias ou desencadeadas por alguma doença. Podem ser agudas, consideradas mais recentes, superficiais ou de simples tratamento, ou crônicas, com maior dificuldade de cicatrização e reincidência.
Uma ferida que demora a cicatrizar pode ser uma porta de entrada para bactérias e desencadear um processo inflamatório bem sério, podendo levar a infecção local ou em casos mais graves, uma infecção sistêmica.
A cicatrização é o processo de reparação tecidual, no qual, podemos citar 3 fases:
Inflamatória: é a fase exsudativa da ferida, que dura entre 48 e 72 horas. Ela se inicia logo após a lesão, com a liberação de substâncias vasoconstritoras. Nesta fase a ferida pode apresentar dor, edema e vermelhidão.
Proliferação/granulação: é a fase regenerativa do processo de cicatrização de feridas, e pode durar entre 5 a 20 dias. Nesta etapa ocorre a epitelização, formação do tecido de granulação e a deposição de colágeno. Costuma ter aspecto avermelhado.
Remodelamento/maturação: o tempo de duração dessa fase é indeterminado. Nela ocorre a reorganização do colágeno, processo importantíssimo para a cicatrização, assim, a cicatriz vai diminuindo sua espessura e alterando sua tonalidade, que passa a ser rosa clara.
Este processo pode ser prejudicado por vários fatores externos como por exemplo, idade, estado nutricional, estado imunológico, tabagismo, diabetes, doenças crônicas ou ainda por fatores internos como localização da lesão, presença ou não de infecção, profundidade, tipo de tecido lesado. E ainda, técnica inadequada do curativo.
Muitas feridas (principalmente as crônicas) já não correspondem aos tratamentos convencionais. Mas, graças ao avanço da tecnologia, podemos contar com técnicas modernas e curativos inovadores.
Seja qual for a causa, as feridas precisam ser cicatrizadas!
Por: Enfa. Rubea Torrente
COREN SP 276670
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